turma de psicologia
O documentário nos mostra a dura realidade enfrentada pelo ser humano mediante as conseqüências das inovações industriais e da miséria. A ganância pelo poder e a falta de consciência gerada pelo sistema capitalista, desenvolvem seres humanos egocêntricos que fingem não ver a realidade da exploração do homem sobre o homem, e esquecem da solidariedade e afeto entre seus semelhantes. Observa-se a lamentável condição de sub-existência dos habitantes da ilha das Flores, seres humanos que numa escala de prioridade, estão depois dos porcos, mostrando que a condição de ser humano não significa nada, nada mesmo. O que realmente significa algo, é o dinheiro, pedaço de papel que dita as regras. Os seres humanos que vêm depois dos porcos na hora de se alimentarem não têm dinheiro, nem dono e são livres. Livres? A liberdade, para os habitantes da ilha das Flores não traz a felicidade esperada, em sentido inverso traz a miséria e a condição inferior à dos porcos, por estar diretamente ligada aos fatores socioeconômicos que o ser humano possui ou não possui.
Outra questão, muito bem ilustrada pelo documentário, é o processo de trabalho, e as interligações e desdobramentos de uma atividade realizada para gerar lucro: o processo do cultivo e venda do tomate. Tomando o tomate como centro, o filme discorre sobre matéria-prima, mão de obra, empregados e empregadores, condições de trabalho, a busca pelo lucro, comércio, produtos e resíduos. Ao observar o processo do tomate, é possível refletir sobre outros processos de trabalho, outros produtos, outras situações e condições, já que a lógica da venda de um bem, o lucro, o processo capitalista é o mesmo para os mais diversos serviços.
Pensemos na saúde. Atualmente, a saúde é vendida, é um bem, tem valor, gera lucro (muito lucro!). Quem pode pagar, pode recorrer a atendimento particular, tido como o melhor. Quem não pode pagar, recorre ao serviço público.
E finalmente, comparando o