tupi grarani
Postado por Montenegro
os Tupi-Guarani viviam ao longo de quase toda a costa atlântica. Como nos primeiros tempos da colonização os portugueses se concentraram no litoral, existem hoje muito mais informações a respeito dos Tupi-Guarani do que dos povos falantes das línguas Macro-Jê.
Os Guarani ocupavam as bacias dos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e o litoral, desde a lagoa dos Patos até Cananéia. Os Tupinambá dominavam a costa desde Iguapé até o Ceará e os vales dos rios que deságuam no mar. No interior, a fronteira ficava entre os rios Tietê e Paranapanema.
Modo de vida e de guerra
Essas sociedades Guarani viviam basicamente da agricultura de coivara, da caça e da pesca. O milho parece ter sido o principal alimento cultivado pelos Guarani, e a mandioca amarga (para a produção de farinha) o principal cultivo dos Tupinambá.
As aldeias Tupinambá eram normalmente formadas por quatro a oito malocas dispostas em torno de um pátio central, abrigando uma população de até 2 mil pessoas. As aldeias que mantinham relações pacíficas realizavam rituais comuns e organizavam expedições guerreiras para a defesa do território.
As relações entre aldeias se articulavam sem a presença de um chefe supremo. Em tempos de guerra, cada maloca ou aldeia podia ter um chefe. Em tempos de paz, as decisões políticas eram tomadas coletivamente pelos homens adultos.
Para os Tupi-Guarani, a guerra nem sempre almejava novos territórios e provavelmente nunca teve como objetivo o saque ou a conquista dos despojos do inimigo. O alvo principal da guerra era a captura de prisioneiros, que não eram escravizados, mas sim mortos e devorados em rituais coletivos. A execução dos prisioneiros de guerra podia demorar vários meses. Nesse intervalo, o prisioneiro vivia na maloca de quem o havia capturado, que lhe cedia a irmã ou a filha como esposa. Às vésperas da execução, o prisioneiro era submetido a um ritual de captura, depois morto e devorado.