TUDO
Isso foi facilitado pelo caráter da nossa formação, de fonte de matéria prima para a indústria externa, vulneráveis à penetração do capital estrangeiro por ainda nos organizarmos em função do mercado externo. Nosso sistema dependia visceralmente do capital estrangeiro, sendo seu papel inicial a participação em todas as nossas atividades econômicas, que passa a abrir mercados para a indústria nacional em troca da exploração de sua mais valia e põe à disposição da indústria as matérias primas de que precisávamos.
Ganhou ímpeto de várias formas: 1) quando foi empregado no financiamento da lavoura cafeeira, que a partir daí passou a se apropriar de todas as etapas do negócio; 2) com a especulação financeira devidos às oscilações cambiais e à carência de capital de giro, fazendo surgir bancos estrangeiros aqui, que operavam com as disponibilidades do país no exterior; 3) com os empreendimentos industriais, como os serviços públicos e a indústria manufatureira e 4) com a instalação dos grandes trustes desde antes da Primeira Guerra, que assumiram um papel de primeiro plano na nossa economia.
Das grandes matérias primas industriais, só fornecemos a borracha. Apenas recentemente começamos a figurar como exportadores de minério de ferro. A partir de 1950 começou a crescer a importância do algodão graças à cisão dos blocos mundiais entre Estados Unidos e Grã-Bretanha de um lado e Alemanha e Japão do outro, fazendo da Alemanha a maior compradora, com 60 por cento da nossa produção, e fazendo o Japão investir no negócio a partir de 1930.
O imperialismo representa um sistema amplo e geral da organização econômica do mundo, não havendo mais história deste ou daquele