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Traduzia-se ainda na concepção de que as relações entre os homens resultariam na livre contraposição de vontades, na liberdade contratual. No plano político, expressava-se no objetivo de livre escolha dos governantes, segundo o ideal de um Estado representativo da vontade popular. Finalmente, no plano social, manifestava-se na noção de que as sociedades se baseavam em acordos mútuos entre os indivíduos que as compunham.
Um dos pensadores que mais desenvolveu essa ideia de um pacto social originário foi Jean-Jacques
Rousseau. Em sua obra Contrato social, Rousseau afirmava que a base da sociedade estava no interesse comum pela vida social, no consentimento unânime dos homens em renunciar as suas vontades particulares em favor de toda a comunidade.
Para alicerçar suas ideias a respeito da legitimidade do
Estado a serviço dos interesses comuns e dos direitos naturais do homem, Rousseau procurou traçar a trajetória da humanidade a partir do igualitarismo primitivo até a sociedade diferenciada. Para ele, a origem dessa diferenciação estava no aparecimento da propriedade privada. Justamente por essa crítica à propriedade, distingue-se dos demais filósofos da
Ilustração.
Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778)
Nascido em Genebra, filho de burgueses protestantes,
Rousseau teve uma vida errante que o levou continuamente da Suíça à França, à Itália e à
Inglaterra. Foi aprendiz de gravador, secretário de nobres ilustres e até seminarista. Dedicou-se também ao desenho, à pintura e à música. Na França, foi contemporâneo de filósofos da Ilustração, como
Diderot. Suas principais obras foram Emílio, Contrato social, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens e Discurso sobre as