tsunami
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Marcus Lacerda Santos
Instituto de Física
Universidade de Brasília e-mail: marcus@fis.unb.br
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Este pequeno artigo visa ajudar o estudante a compreender um pouco do fenômeno tsunami, à luz de conceitos básicos da física geral, ondulatória e de fluidos.
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Motivação
A
cidade das ondas de 800 km/h” [6], etc.
Se o grande público aceita essa numerologia, em um misto de deferência e indiferença, tal certamente não é o caso do leitor dessas linhas. Para este, estudante, professor, ou simples interessado em Física, um tal festival de números desacompanhados de explicações tende a se tornar fonte perene de dúvidas, perplexidade e aflições, senão de stress, queda de cabelos e outros males!
O presente artigo tenta jogar uma luz no assunto, visando esse público alvo. Não sendo o autor, contudo, um especialista, não poderá oferecer mais
s ondas gigantes que se abateram sobre países asiáticos banhados pelo Oceano Índico
(Fig. 1) no dia 26 de dezembro de 2004 chamaram a atenção do mundo pela devastação e o número extraordinário de vidas humanas perdidas, superior a 280 mil, segundo recontagem recente [1]. Tal desastre também despertou interesse para o fenômeno tsunami. O termo, formado pela junção das palavras japonesas para “onda” tsu - e “porto” - nami [3], descreve uma série de ondas marítimas geradas por qualquer distúrbio brusco que cause um deslocamento vertical em larga escala da água dos oceanos. A maior parte das tsunamis é gerada por maremotos, como no caso focalizado aqui.
Mas tsunamis também podem ser causadas por erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e impactos de meteoros [4].
Naturalmente, várias questões científicas vieram à tona no noticiário da época, destacando-se especialmente aspectos geofísicos (terremotos, maremotos). No tocante Figura 1. Mapa da região do Oceano Índico varrida pelas a questões propriamente ondas gigantes em