Tsunami
Minutos depois, um tsunami devastou várias cidades da costa nordeste do país, em especial a província de Miyagi, cuja capital é Sendai, com 1 milhão de habitantes. Foi o maior abalo já ocorrido no país, situado entre os dez maiores já registrados pela humanidade.
Mesmo sendo um país rico, organizado e com espaços estruturados para suportar abalos – os japoneses estão acostumados a tremores de terra diários –, os efeitos são devastadores: o cenário é de terra arrasada, com destroços amontoados em várias cidades da região. O abalo foi de grande magnitude, mas a maior parte da destruição resulta da ação do tsunami, com ondas de até 10 metros de altura que arrastaram casas, carros, barcos, equipamentos públicos e edificações terra adentro.
Entre os efeitos mais preocupantes está o comprometimento de reatores nucleares em
Fukushima.
Houve também repercussões em ilhas do Pacífico e na costa oeste do continente americano.
Nos dias seguintes, sucessivos tremores foram registrados no país.
A mais intensa atividade sísmica do planeta está concentrada nos limites entre as placas tectônicas (ou litosféricas). Essas zonas estão marcadas pela presença de vulcões ativos, falhas e abalos sísmicos frequentes.
Como salienta o estudo Decifrando a Terra, coordenado por Wilson Teixeira e colaboradores, há distintos tipos de limites entre as placas tectônicas.
Os movimentos das placas tectônicas ocorrem por forças que ocorrem no interior do planeta, chamados correntes de convicção. Eles podem ser:
- divergentes – afastamento de placas, comuns nas cordilheiras meso-oceânicas;
- convergentes – colisão ou choque entre placas, caso do evento no Japão, que está situado no limite entre as placas