tsunami Japao
O sismo do Japão, em Março de 2011, foi um dos mais fortes alguma vez registados na Terra, com 9 graus de magnitude. E o tsunami que desencadeou a seguir – quando a ruptura na crosta terrestre produzida durante o sismo provocou um tal desnível no fundo do mar que empurrou a água para cima e fez a movimentar desde lá de baixo até cá acima – foi devastador. Surpreendidos com a dimensão do fenómeno, 27 cientistas, de dez países, foram à procura de respostas no fundo do mar, fazendo furos na zona do epicentro do sismo, e pensam tê-las encontrado, anunciaram na revista Science.
Antes das razões científicas encontradas – expostas em três trabalhos liderados por Kohtaro Ujiie, da Universidade de Tsukuba, no Japão; Patrick Fulton, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz; e Frederick Chester, da Universidade A&M do Texas, as duas últimas nos EUA –, fale-se um pouco sobre a geologia da região. O sismo de 11 de Março de 2011, com epicentro a cerca de 200 quilómetros ao largo da cidade japonesa de Sendai, ocorreu numa zona de fronteira de placas. Mais: é uma zona de subducção, o que significa que uma dessas placas (a do Pacífico) está a enfiar-se por baixo de outra (a Norte-Americana) e o resultado é a criação da Fossa do Japão.
Até aqui, nada de novo, pois já se sabia que as zonas de destruição de placas são muito sísmicas. Já agora, diga-se que um sismo é provocado quando há uma ruptura brusca da crosta terrestre, numa falha geológica que já existe ou numa que é criada de novo durante o próprio abalo sísmico. O sismo de Março de 2011 teve origem numa falha já existente chamada "Tohoku-Oki", localizada na fronteira entre as placas do Pacífico e Norte-Americana, e rompeu ainda a crosta ao longo de 200 quilómetros na Fossa do Japão.
O que surpreendeu os cientistas foi a dimensão do deslocamento vertical (elevação ou ressalto) na falha. Até 2011, o maior deslocamento numa falha, por sinal também numa zona de fronteira de