Tríade do Tempo
Em todos os Tempos o homem se deparou, e ainda se depara, com o seu maior inimigo e maior aliado. Todos os dias, em todos os lugares o Tempo passa.
A relatividade deste protagonista nos fascina, nos aflige e nos submete. Quem nunca esperou 15 minutos por um encontro como se esperasse por 1 hora? Ou então, sentiu este tão esperado encontro, de longas horas, se esvair como se fossem apenas 15 minutos?
Se a nossa percepção é relativa sobre o tempo, o nosso controle sobre ele não é. Quem não gostaria de ter a máquina do tempo? Voltar atrás e corrigir os erros do passado, ou ir até o futuro e descobrir o que nos espera em 2100?
O que será destas palavras em 2100? Apenas papel? Existirá papel? Este terá se modernizado da celulose para o silício? E o conteúdo? Continuará descrevendo o sentimento da realidade atual? Ou serão apenas idéias do passado? O conceito de tempo estará ultrapassado?
Este duelo que travamos entre o hoje, o ontem e o amanhã sempre vai existir, assim espero… E não adianta querer mudar ou prever, pois neste triângulo, que nos desafia, há um enigma que está além do nosso alcance.
Para falar do futuro, basta falar do presente; para falar do passado, basta falar do presente, simplesmente porque o nosso presente foi e será nosso.
Quando falamos no Futuro, pensamos em tecnologia, mas ela é apenas o ópio que nos distrai para não percebermos o tempo. Para não sofrermos com ele. Ela alivia e nos traz conforto. Sempre esteve com a gente e sempre estará se modernizando junto conosco: Homens atravessaram continentes, Caravelas atravessaram os Oceanos, Aviões cruzaram os Céus, Foguetes cruzaram as Estrelas – Nos distraímos fazendo tudo isso, enquanto o Tempo passa. E apesar das superações de limites, tudo continua como antes. As distâncias aumentaram dos continentes à fronteira sideral. As caravelas se modernizaram em porta-aviões, mas o resultado é o mesmo: Só estamos quebrando os mesmos limites, cruzando as mesmas