Três olhares sobre os clássicos
A possibilidade de entender a estrutura social como um conjunto de múltiplas lógicas oferece ricas perspectivas de analise para sociedade cada vez mais complexas. A reflexão sobre as origens e a natureza da vida social é quase tão antiga quanto à própria humanidade, mas a Sociologia, como um campo delimitado do saber cientifico, só emerge em meados do século 19 na Europa. Para entender esse processo, referimo-nos ao quadro das mudanças econômicas, políticas e sociais e as correntes de pensamento que estabeleceram os alicerces da modernidade européia. A marca da Europa moderna foi, sem duvida, a instabilidade expressa na forma de crises nos diversos âmbitos da vida material, cultural e moral.
A complexidade do objeto que o marxismo procura analisar a gênese das sociedades humanas, suas estruturas econômicas, sociais, políticas, ideológicas e os vínculos que mantém entre si, suas contradições internas e o que as sociedades contemporâneas podem manusear, resultou num rico manancial tanto de idéias como de equívocos. Ainda que Marx fosse contrario ás subdivisões dentro das ciências humanas, posteriormente, distintas áreas de conhecimentos, como filosofia, história, economia, antropologia e a sociologia, apropriaram-se de certos temas com vista a aplicar o método