Tráfico humano
O tráfico de pessoas é uma forma moderna de escravidão, presente em todos os países do mundo. É uma triste realidade, impactante economicamente, sendo a terceira ação mais rentável, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e de armas. A criminalidade engloba uma diversidade de problemas e realidades como a migração, o crime organizado, a exploração sexual, as desigualdades sociais entre os países mais desenvolvidos e os menos desenvolvidos, o desrespeito aos direitos humanos, quebra de suporte familiar e comunitário, dentre outros.
Existem grupos que apresentam uma maior vulnerabilidade a tornarem-se vítimas de tráfico, como no caso das mulheres com menor poder aquisitivo, sendo mais expostas a situações de exploração sexual e laboral; as crianças, por apresentarem maior incidência de vulnerabilidade, atentado, desse modo, ao direito inalienável de crescer num ambiente protegido e acolhedor e de ser livre de qualquer forma de abuso ou exploração; os homens, que se consideram provedores dos lares, e acabam buscando oportunidades para melhorarem suas condições e de sua família.
“O tráfico de pessoas é um crime ultrajante que se aproveita da vulnerabilidade das pessoas, especialmente de mulheres e crianças, e do sonho de buscar oportunidades em outros países”, conforme define o coordenador da Unidade de Governança e Justiça do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (UNODC) para o Brasil e o Cone Sul, Rodrigo Vitória.
Os traficantes utilizam-se da violência, da intimidação, do medo para evitar que suas “mercadorias”, como são vistas as pessoas traficadas, evitem a fuga. Além do mais, confiscam os documentos e procuram desestimular eventuais planos contando histórias de violência policial, prisão e deportação.
Para atingir seus objetivos os grupos criminosos não medem consequências, de tal sorte que nesse ambiente a dignidade humana é algo descartável, destituída