Truco
Por Willy Schumann em 25/10/2011 na edição 665
Quando lemos um jornal, curiosamente algumas matérias nos atraem mais do que outras, seja pelo seu conteúdo, seu atrativo visual ou até mesmo pela forma como o repórter expõe o assunto retratado. Na verdade, quando se alcança o êxito de se juntar técnica, linguagem e a aceitação do leitor, podemos afirmar que chegamos a um ápice na busca de um resultado linguístico do novo jornalismo. Mas o que muitos profissionais da área enfrentam é a dificuldade na criação e definição de uma boa pauta, que possa exercer o papel da comunicação de produção de conteúdo.
Os jornalistas diplomados procuram fazer uma análise científica da criação jornalística com a intenção de se buscar um denominador comum que se enquadre nos novos meios e veículos de comunicação sem perder o seu papel fundamental, que é passar a informação ao leitor. O jornalismo contemporâneo requer agilidade na construção de um texto fazendo com que as redações trabalhem a partir de uma pauta bem estruturada para facilitar ao repórter sair a campo e realizar a sua matéria, mas a dificuldade na criação de uma pauta bem elaborada é o que mais preocupa os profissionais da área.
A linguagem jornalística tem mudado muito nos últimos anos. Com o surgimento de novas técnicas, as redações mudaram o seu formato e sua visão da linguagem jornalística. No jornalismo primitivo, as notícias eram redigidas de forma rebuscada, com uma abertura sempre extensa e pouco objetiva. Esta linguagem jornalística era chamada de nariz de cera. Esta é a análise do jornalista e professor Alexandre Lara, da Universidade Tuiuti, do Paraná.”O chamado lead, que reúne respostas às questões básicas (o que, quem, quando, onde, por que e como), aposentou de vez o nariz de cera do jornalismo profissional”, comenta ele.
A elaboração da pauta
A visão panorâmica da linguagem jornalística não é coisa recente. Em 1910, o sociólogo alemão Max Weber já