Trovadorismo
Trovadorismo
O Trovadorismo foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa. Inicia-se em 1198, ou 1189, com a “cantiga de garvaia” e termina em 1418 com a nomeação de Fernão Lopes a Guarda-Mor da Torre do Tombo, por D. Duarte. Durante suas primeiras décadas, transcorreu a guerra de retomada do solo português, até então sob o domínio dos árabes. Sobre a origem da poesia trovadoresca, que conseguiu emergir durante esse período, existem cinco hipóteses que a justificam, mas nenhuma se supre: a tese arábica, a qual cria que as origens dessa poesia provinham da cultura arábica; a tese folclórica, que a considerava criada pelo povo; a tese médio-latinista, segundo a qual as poesias trovadorescas teriam sido influenciadas pela literatura latina, produzida na Idade Média; a tese litúrgica, que a considera produto da poesia litúrgico-cristã, elaborada na mesma época; e a tese provençal, que é a mais bem sustentada, que presume sua criação em Provença, na França, visto que na época essa região exercia uma grande atividade lírica, e com o advento das cruzadas, que muitos compeliram de ir à Lisboa com destino à Jerusalém, consequentemente, introduziram em Portugal a nova forma poética.
A poesia trovadoresca foi marcada pelas cantigas, e, apesar da aparência primitiva, contavam com um acompanhamento musical, dentre os quais faziam-se acompanhar instrumentos de sopro (a flauta, o alaúde, a viola, a harpa, a trompa, o pandeiro, a gaita), além de estreitar a aliança entre a poesia, a música, o canto e a dança. De início, transmitidas oralmente, acabaram-se por desaparecer, sabedor do quão difícil era reter diferentes composições na memória; posteriormente, foram anotadas em pequenos cadernos de apontamentos e, mais adiante, postas em cancioneiro, uma espécie de coletânea de canções. As cantigas eram compostas por uma terminologia poética, das quais podemos citar: O verso era chamado de palavra, e quando branco, denominava-se palavra-perduda; as estrofes