trovadorismo
Trovadorismo foi um movimento poético iniciado no século XI, no sul da França, na região da Provença. Nessa época as poesias eram feitas para serem cantadas ao som da flauta, viola ou alaúde.
O trovador era o autor das composições. O cantor era chamado de jogral, e o menestrel era considerado superior ao jogral por ter mais instrução e habilidades artísticas, sabia tocar e cantar.
Os trovadores provençais eram considerados os melhores da época, o estilo foi imitado em toda a parte e se espalhou pela Europa.
Trovadorismo em Portugal
O trovadorismo teve em Portugal o seu centro irradiador na Peníssula Ibérica. Os Cancioneiros são os únicos documentos que reúnem características do trovadorismo. São coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos trovadores. São classificadas em: Cantigas de amigo, Cantigas de amor e Cantigas de escárnio e Cantigas e maldizer.
O ano de 1198 é a data provável da primeira composição literária conhecida – a Cantiga da Ribeirinha, ou Cantiga de Guaravaia, escrita pelo trovador Paio Soares de Taveirós, é assinalada como marco inicial da literatura portuguesa.
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.