Tropas militares luso-brasileiras nos séculos xviii e xix
NOS SÉCULOS XVIII E XIX
de Jorge da Cunha Pereira Filho © 1998,2001
Artigo publicado originalmente no BOLETIM do Projeto "Pesquisa Genealógica Sobre as Origens da Família Cunha Pereira", Ano 03, Nº 12, de 01/mar/1998, pags. 46-80. 1- Motivação para o Presente Estudo Um dos maiores problemas que um genealogista encontra ao lidar com registros dos séculos passados, como os dos séculos XVIII e XIX, mas também até mesmo com alguns do início do século XX, é a profusão e generalidade dos títulos e postos militares que recebiam os nossos antepassados. Havia Capitão-Mor e havia Capitão-Mor, havia Coronel e havia Coronel, havia Mestre de Campo e havia Mestre de Campo, havia Tenente-Coronel e havia Tenente-Coronel, havia Sargento-Mor e havia Sargento-Mor, havia Capitão e havia Capitão, havia Tenente e havia Tenente, havia Alferes e havia Alferes, etc. , etc. e ficamos sem entender o significado desses títulos e postos. Seriam todos esses titulares oficiais do Exército? Mas será que havia um Exército? E o que eram as Tropas Pagas? E o que eram os Dragões? E o que eram os Auxiliares? E o que eram as Milícias? E o que eram as Ordenanças? E o que era a Guarda Nacional? E o que eram os Pedestres? E o que eram Caçadores? E o que eram ... ? Essas são perguntas para as quais temos pouca ou nenhuma resposta, porque a maioria das pessoas faz até mesmo questão absoluta de ignorar o significado desses títulos e postos, julgando que eles não tem importância, que esclarecem pouco ou nada sobre a pessoa titulada, opinião essa que se constitue em um redondo engano e atitude essa conformista e nada produtiva. Nossos cultíssimos leitores vão encontrar aqui uma explicação para todos esses títulos dos nossos avós, bisavós, trisavós, etc., e, dependendo da época em que esses avós viveram, vão poder identificar, perfeitamente, a que tipo de organização militar pertenciam eles. Não é interessante? É claro que é, principalmente porque,