Trombose venosa profunda
Diagnóstico etiológico da trombose venosa profunda de repetição dos membros inferiores
Etiologic diagnosis of recurrent deep venous thrombosis of the lower limbs
Eduardo Lichtenfels1, Aline S. Becker1, Vinicius C. Pires1, Telmo Pedro Bonamigo2
Parte II - O que foi feito
As provas de coagulação, exames laboratoriais rotineiros e radiografia de tórax eram normais.
Os exames laboratoriais para avaliação de trombofilia (proteína C e S, fator V de Leiden, anticardiolipina e fator lúpico) eram normais.
A paciente foi submetida, então, a uma tomografia computadorizada de abdômen e, posteriormente, a uma venografia de cava inferior.
A tomografia computadorizada de abdômen (Figura 1) não evidenciou nenhuma massa abdominal ou lesões orgânicas. O laudo descreve: “Observa-se que o segmento infra-renal da veia cava inferior está em topografia habitual e ausência do segmento supra-renal da veia cava inferior, incluindo o segmento intrahepático. Após a veia cava inferior receber as renais, a mesma tem continuidade através da veia ázigo, que apresenta calibre bastante aumentado. As veias hepáticas desembocam diretamente no átrio direito”.
A venografia da cava inferior (Figuras 2 e 3) evidenciou a agenesia do segmento supra-renal da veia cava inferior. O laudo cita: “O segmento infra-renal da veia cava continua-se cranialmente pela veia ázigo, que se
encontra vicariante. Visualiza-se circulação venosa intra-renal através da veia do lobo caudado e veias suprahepáticas que drenam diretamente para o átrio direito”.
1. Residente de Cirurgia Vascular, Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, FFFCMPA,
Porto Alegre, RS.
2. Professor titular, Disciplina de Cirurgia Vascular, Fundação Faculdade
Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA), Porto Alegre,
RS. Chefe, Serviço de Cirurgia Vascular, Irmandade Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS.
Artigo