tripartição do poderes
O período de 337 até 378 D.C., inter-regno entre os dois imperadores romanos do século IV, protagonistas da afirmação do cristianismo como nova fé (Constantino I, o Grande e Todosio I, o Grande), foi uma época de retrocessos e dúvidas, dificuldades sucessórias (rivalidade entre os herdeiros de Constantino), grandes disputas dogmáticas sobre a nova religião cristã (arianismo3, donatismo4 e o Governo de Juliano, o Apóstata5) e o início da invasão dos bárbaros; “os hunos expulsaram os godos de suas terras e estes, por sua vez, atacaram os romanos” (MEIRA, 1996, p. 137).
2-A instalação dos bárbaros e a compilação do Direito Romano no Império decadente.
No último quartel do século IV, um povo nômade da Ásia, os hunos, particularmente agressivos, atacaram os godos que viviam nas costas do Mar Negro e no Baixo Danúbio, além da fronteira romana. Quando o Império Oriental destruiu o assentamento pacífico dos refugiados dentro da fronteira, um desses povos, os visigodos, voltaram-se contra os romanos. Em 378 mataram o imperador na Batalha de Adrianópolis e logo isolaram Constantinopla do Ocidente por terra, enquanto tomavam cada vez mais o território imperial.
Tanto Constantino I quanto Teodósio I passou para a história como o Grande, governaram como César e Augusto sobre o Oriente e o Ocidente e foram fundamentais para o sucesso da nova fé6. Teodósio foi um vitorioso também no campo político e militar, tornou os godos súditos do Império, apaziguando-os; cuidou das fronteiras orientais (Pérsia e Armênia) e, quando morreu, imperava no Oriente e no Ocidente. Com sua morte, o Império Romano foi repartido definitivamente, cabendo a seu filho Arcádio o Oriente, e a seu filho Honório, o Ocidente. “O reinado de Teodósio marcara o começo de uma nova era para o Império Romano, que se tornara o Império Ortodoxo. Com sua morte, Leste e Oeste se separaram para sempre.” (RUNCIMAN, 1977, p. 26). A divisão final do Império representa para muitos o final da