Tricotilomania
A Tricotilomania caracteriza-se pelo ato de arrancar o próprio cabelo, sendo na maioria dos casos em mulheres. É um transtorno compulsivo obsessivo, o alvo direcionado é para qualquer tipo de pelos do corpo, sendo mais freqüente em cabelos e sobrancelhas.
Foi em 1889, quando o dermatologista Frances Henri Hallopeau , descreveu o comportamento de uma jovem que arrancava pelos do corpo, e os cabelos. O individuo diagnosticado com TTM (Tricotilomania) experimenta senso crescente de tensão antes do comportamento, alivio e satisfação ao finalizá-lo e, em alguns casos, pode experimentar culpa por te-lo feito. (Toledo EL, et al. / Rev Psiq Clín. 2010). Não sendo explicado por outro transtorno mental ou condição medica, freqüentemente traz prejuízo no funcionamento social e ocupacional. (Toledo EL, et al. / Rev Psiq Clín. 2011)
Teorias baseadas na perspectiva psicanalítica interpretam o ato de arrancar cabelo como uma expressão simbólica de conflitos inconscientes, ou o resultado de uma relação objetal pobre. Enquanto teorias e pesquisas biológicas tentam isolar os mecanismos fisiopatológicos associados ao ato de arrancar cabelo crônico, as teorias do comportamento fornecem o contexto para entender a operação e a expressão desses mecanismos. Esses dois níveis de análise não são conflitantes, mas sim complementares. Apesar de um aumento significativo no conhecimento acumulado sobre a origem da TTM, ainda não há um entendimento claro de quais são os fatores que causam a TTM. Todavia, várias hipóteses foram consideradas interessantes do ponto de vista etiológico e, assim, requerem estudos mais conclusivos. (Toledo EL, et al. / Rev Psiq Clín. 2010)
Estudos clínicos iniciais sugerem que a TTM (tricotilomania) e extremamente rara, entretanto avaliações recentes em populações não clinicam registraram taxa de prevalência em torno de 3%3, sendo prevalente no sexo feminino. Sendo que a TTM, pode aparecer ainda na adolescência ou ate mesmo na vida adulta.