tributação bilateral
Organismos internacionais como a OCDE e a ONU desenvolveram modelos de tratados bilaterais para evitar a bitributação, adotados por inúmeros países. O Brasil mesmo já assinou tratados dessa natureza com seus principais parceiros no mundo. Mas não temos ainda um tratado para evitar a bitributação com os EUA, nosso principal parceiro econômico.
Até há pouco se admitia sua desnecessidade porque a legislação interna do Brasil e dos EUA permite que o imposto pago em um país seja crédito de imposto no outro, o que bastava para afastar a bitributação. Não basta mais. A crescente globalização da atividade empresarial e o significativo aumento de empresas brasileiras com investimento nos EUA traz novas facetas da dupla tributação que a legislação interna dos países não consegue resolver.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lembrou que, se por um lado o Brasil pode perder um pouco em arrecadação de imposto num primeiro momento, poderá compensar com o aumento dos investimentos de empresas norte-americanas, que também passariam a estar isentas de recolher impostos nos Estados Unidos sobre o lucro remetido a partir do Brasil, se um acordo for assinado.
O assunto veio à tona a partir de uma intervenção do empresário Marcelo Odebrecht. Segundo ele, as companhias brasileiras chegam a pagar 60% de imposto sobre o lucro nos Estados Unidos. “Por isso, muitas vezes, o dinheiro é reinvestido nos Estados Unidos, em vez de ir ao Brasil”, informou.
Com a falta de acordo para evitar a bitributação entre Brasil e Estados Unidos, as