Tribos urbanas : tatuados.
A arte pré-histórica deixou vestígios sobre a tatuagem ao registrar para a posteridade desenhos e estatuetas de figuras humanas exibindo pinturas nos corpos, numa evidência da possibilidade da prática dessa arte há centenas de milhares de anos. Estudiosos acreditam que cicatrizes de guerra na pele dos homens eram sinais de bravura. Exatamente por essa característica, eles passaram a se marcar voluntariamente, fazendo desenhos com espinhos e pigmentos naturais. Quanto mais desenhos, mais amedrontador seria o guerreiro. Num salto para a sociedade de castas, a existência da tatuagem na Antiguidade foi confirmada não só pela descoberta de múmias milenares com a pele pintada como relatos do historiador Heródoto, do explorador Marco Polo e do navegador inglês James Cook, considerado o pai da palavra tattoo, tatuagem em inglês. Ela surgiu durante uma das viagens de Cook pelo Pacífico, ocasião em que ele escreveu no seu diário a palavra tattow, onomatopéia criada a partir do som emitido pela tatuagem feita com dentes de tubarão.
Entre as múmias descobertas, uma trazia tatuagens por toda a espinha dorsal, outra exibia uma grande espiral no baixo ventre – possivelmente relacionada a um ritual de fertilidade. Em novos achados surgiram prováveis sinais de magia ou medicina nos desenhos. Arqueólogos que participaram de escavações na região do rio Nilo acreditam que as múmias do sexo feminino também eram tatuadas para realçar seus encantos.
Séculos depois, nos primórdios da era cristã, a tatuagem assumiu funções diversas: os seguidores de Cristo se reconheciam e