Atualmente é difícil imaginar que existem povos que vivem em estágio semelhante ao pré-histórico, mas alguns poucos grupos ainda seguem esse estilo de vida. Essa realidade não está muito longe, um grupo no Brasil, mais especificamente na divisa entre o Peru e o Acre, vive de forma isolada sem contato nenhum com outros seres humanos. A descoberta deste grupo deu-se através de um acidente; um sertanista, que trabalha na Funai há quase 40 anos, grande defensor de índios isolados, teve que matar um índio desse povo em uma situação extrema. José Carlos Meirelles estava com a sua equipe nas margens de um rio quando foi surpreendido com a visão de um índio, que até onde seus estudos apontavam era do povo nômade chamado Masko, apontando a flecha para seu sogro, um homem já sexagenário. Para protegê-lo Meirelles atirou nesse índio, e todos outros índios e pesquisadores fugiram do local. Depois dessa situação, Meirelles procurou focar naquela região, quando descobriu um grupo com mais ou menos 15 malocas e 500 integrantes. Para que pudesse investigar esse grupo realizou um sobrevoo sob a região, de forma imediata os homens da tribo se posicionaram atirando flechas em direção ao avião enquanto as mulheres pegaram as crianças e correram em direção à floresta, com intenção de se protegerem. Após esse dia, Meirelles preferiu não tentar nenhuma forma de contato com esses índios, e para protegê-los cobrou do Estado uma iniciativa que preservasse o direito desses grupos de serem isolados. A partir de qualquer contato são raríssimos os grupos que conseguem sobreviver; ou esses índios são escravizados ou morrem em contato com as doenças dos homens brancos. É importante, portanto, deixar que a aproximação seja de iniciativa indígena, não importa quanto tempo isso demore. No breve sobrevoo da região foi notada a presença de atividades agrícolas, pesca, e muito provavelmente, praticavam a caça já que os homens tomaram posição de guerreiros quando viram o avião. Pelos indícios,