Treinar em jejum ajuda a emagrecer
Em condições normais, de estômago de cheio, o corpo usaria o glicogênio como fonte principal de energia. Depois de uns 20 min, quando essa glicose disponível começasse a ficar escassa, aí o organismo iria atrás dos estoques de gordura nas imediações das fibras musculares e, assim, poderia manter um esforço moderado por bastante tempo. De estômago vazio, no entanto, não haveria glicose suficiente para quase nenhum exercício. As células musculares seriam, assim, obrigadas a atacar quase que imediatamente os depósitos de gordura. Parece o paraíso para quem deseja emagrecer, não? Mas um estudo publicado em fevereiro de 2011 no Strenght and Conditioning Journal veio para jogar água nessa festa.
Segundo o autor Brad Schoenfeld, que é um fisiculturista avesso a drogas e dá aulas no Lehman College (EUA), há alguns erros nessa teoria. O primeiro diz respeito ao tempo de observação. Diz ele que o metabolismo de gorduras não deve ser medido em questão de horas, como estudos anteriores fizeram, e sim de dias. Ou seja, pode até ser que, durante o treino, o organismo perca mais gorduras, mas não necessariamente ele deixará essa perda por menos nos dias subsequentes.
O segundo erro é uma confusão entre lipólise e oxidação de gorduras. Schoenfeld explica que, durante exercícios de intensidade moderada a alta, ocorre uma maior quebra de moléculas de gordura, mas elas não são todas oxidadas. Ou seja, a “queima” não é tão grande assim. E o que acontece com essas moléculas de gordura quebradas e não oxidadas é que elas voltam a ser depositadas no corpo. Além disso, metade dessas moléculas na