Treinamento
a incríveL avenTura gLOBaL dO FriBOi
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Com um peculiar estilo de gestão batizado de Frog
— ou “From Goiás” — e a providencial ajuda do BNDES, a família Batista transformou a
JBS-Friboi na mais globalizada das empresas brasileiras e no segundo maior grupo privado do país. Não é pouco. Mas, a partir de agora, a aventura ficará bem mais difícil
JOHn BLaKe
capa internacionalização
TIAGO LETHBRIDGE, DE GREELEY, E M ÁRCIO JULIBONI, DE SÃO PAULO
FaZenda de gadO nOs esTadOs unidOs: a JBs-FriBOi
FaTura QuaTrO veZes mais nO eXTeriOr dO
Que nO BrasiL
7 d e outubro de 2009 | 21
internacionalização
p
or décadas, a família Monfort foi o maior orgulho da pequena Greeley, cidade de aproximadamente 100 000 habitantes no norte do
Colorado. Eles eram os Matarazzo do pedaço — viraram nome de escola, hospital, museu e campo de futebol. Nos anos 30, em meio à Grande Depressão, o empresário Warren Monfort comprou
18 cabeças de gado e começou a dar forma àquele que se tornaria o maior empregador da cidade. Três décadas depois, a família decidiu montar uma fábrica de processamento de carne. Nessa época, a cidade ficou famosa pelo aroma pouco agradável que as pastagens exalavam (o problema foi contornado depois de algum tempo).
A fábrica dos Monfort se tornaria o principal pilar da Swift, a maior processadora de carne bovina dos
Estados Unidos.
Até 2007, o status dos Monfort como reis de Greeley se manteve inabalado
— até que chegaram à cidade os Batista, os
brasileiros donos da JBS-Friboi. “Nunca tinha ouvido falar nos Batista até o dia em que a JBS comprou a Swift”, disse a EXAME Richard Monfort, neto de
Warren e dono do time de beisebol do estado, o Colorado Rockies. “Eles são agressivos demais. Olhe a quantidade de empresas que eles compraram depois da
Swift. É impressionante.”
A história recente da JBS é realmente de derrubar o queixo. A razão mais