Treinamento Intervalado de alta Intensidade - HIIT
Está bem claro na literatura científica que o sedentarismo associado a um baixo condicionamento físico (VO2max) pode levar a desordens metabólicas e cardiovasculares aumentando as chances de morte precoce. (MEYERS et.al 2002) Atualmente, o treinamento de alta intensidade vem cada vez mais sendo alvo de pesquisas, sendo uma estratégia que pode ser prescrita no manejo e tratamento de doenças cardiometabólicas ou até mesmo para aumento de rendimento esportivo.
Sessões prolongadas de exercício aeróbio contínuo de intensidade moderada (≥ 1h a 65% do VO2 pico) realizado repetidamente por pelo menos algumas semanas aumentam a capacidade oxidativa muscular e altera a utilização do substrato energético durante o trabalho muscular, resultando na melhora da capacidade aeróbia. (BURGOMASTER, 2008)
Entretanto, alguns indivíduos possuem capacidade limitada em aumentar sua aptidão cardiorrespiratória (“treinabilidade”) em resposta ao exercício aeróbio contínuo. (BACON, 2013).
Esses achados são de um estudo de Bouchard e colaboradores, onde 483 indivíduos brancos de 99 famílias caucasianas, porém sedentários, foram submetidos ao treinamento aeróbio contínuo em esteira 3 vezes por semana durante 20 semanas. Inicialmente treinaram 30 min numa intensidade relativa a 55% da frequência cardíaca do VO2max inicial. A cada duas semanas, a duração e intensidade foram aumentadas até cada indivíduo realizar 50 min a 75% da frequência cardíaca máxima. O VO2max teve um aumento absoluto médio de ~ 0.4 L. min-1 com desvio padrão > 0.2 L/min. Ainda, 7% dos sujeitos demonstraram um ganho de 0.1 L. min-1 ou menos e 8% dos sujeitos melhoraram em 0.7 L. min-1 ou mais.
Baseado nessa distribuição de respostas do VO2max, parece que a “treinabilidade” de alguns indivíduos é baixa ou não existe, refletindo em pouca ou nenhuma melhora na aptidão cardiorrespiratória. (BOUCHARD et al, 2011)
O treinamento intervalado de