Treinamento ii
Fatores Metabólicos na Fadiga
Mark Hargreaves, Ph.D., FACSM Departamento de Fisiologia Universidade de Melbourne Victoria, Austrália
INTRODUÇÃO
A manutenção da força muscular durante o exercício depende da geração de energia química (ATP) por meio de metabolismo não oxidativo (anaeróbico) e oxidativo (aeróbico). A fadiga se desenvolve quando os compostos necessários para produzir o ATP terminam ou quando os subprodutos do metabolismo se acumulam no músculo. Essas alterações metabólicas podem causar fadiga por meio da ação nos processos neurais que ativam os músculos e isso pode comprometer tanto o sistema nervoso central como o periférico. As reduções dos níveis musculares de ATP, creatinafosfato e glicogênio, além da baixa disponibilidade de glicose no sangue podem comprometer o desempenho dos músculos esqueléticos. A glicemia baixa também pode afetar as funções desempenhadas pelo sistema nervoso central. Os aumentos nos níveis intramusculares de magnésio, ADP, fosfato inorgânico, íon de hidrogênio, e espécies reativas de oxigênio podem comprometer a função muscular. O aumento da amônia e a hipertermia também podem contribuir para a fadiga, provavelmente em conseqüência de efeitos no sistema nervoso central. Programas adequados de treinamento e intervenções nutricionais acentuam a resistência à fadiga e ao desempenho de exercícios por meio da melhoria da capacidade de músculos manterem a produção de ATP.
PONTOS PRINCIPAIS
A adenosina trifosfato (ATP) é a fonte imediata de energia química para a contração muscular. Como os depósitos intramusculares de ATP são pequenos, a regeneração contínua de ATP é fundamental para a manutenção da produção de força muscular durante o desempenho sustentável no exercício. Em condições de produção de muita energia (como aquelas observadas durante o exercício de sprint de alta intensidade), isso é obtido por meio da produção não oxidativa de ATP (anaeróbica) seguido de uma quebra de