Treinamento físico - Coordenação
CAPACIDADES COORDENATIVAS
Sabe-se que, normalmente, os professores e treinadores de jovens têm tendência a aplicar baterias de testes que avaliam essencialmente as capacidades físicas condicionais, pondo um pouco de parte e dando pouca relevância às capacidades coordenativas. O próprio Programa Nacional de Educação Física do Ensino Secundário (Ministério da Educação), no que se refere ao desenvolvimento das capacidades físicas condicionais e coordenativas, acaba por enfatizar as quatro capacidades condicionais (força, resistência, velocidade e flexibilidade), deixando apenas uma alínea que diz respeito à “destreza geral”. Não deixa de ser notório que o próprio conceito de “coordenação” acaba por permanecer um pouco vago e, desta forma, afasta-se dos horizontes que os próprios professores preconizam e estabelecem como metas para a sua intervenção pedagógica.
É notório também que a disciplina de Educação Física possibilita o aperfeiçoamento coordenativo e contribui para que os alunos no final do seu percurso escolar tenham a capacidade de se adaptarem rápida e adequadamente a solicitações motoras assim como de aprender novas habilidades.
Ao caracterizarmos as capacidades coordenativas não podemos esquecer que não existe, até a data, uma unidade e uma coerência entre os autores acerca do conceito e da natureza das mesmas. Assim, as principais divergências dos objectivos visados resultam a partir das respectivas investigações (educação física escolar, desporto de alta competição, desporto de reabilitação, etc.) e das diferentes perspectivas das várias disciplinas.
Nesta óptica, podemos caracterizar as capacidades coordenativas a partir de vários pontos comuns como uma classe dos elementos das capacidades motoras de rendimento corporal e como qualidades do comportamento relativamente estáveis e generalizadas dos processos específicos da condução motora. As