Treinamento de velocidade
Uma importante capacidade biomotora requerida nos desportos é a velocidade ou a capacidade de se transportar ou se mover rapidamente. Mecanicamente, a velocidade é demonstrada por meio da relação entre espaço e tempo. O termo velocidade incorpora três elementos: tempo de reação, frequência de movimento por unidade de tempo e velocidade de transposição de uma determinada distância. A correlação entre esses três fatores mensura o desempenho de um exercício que requer velocidade. Portanto, em velocidade, o resultado depende da reação do atleta na largada, a velocidade do corpo ao percorrer determinada distância (força de propulsão) e sua frequência da passada. A velocidade é uma capacidade determinante em muitos desportos como os eventos de velocidade, o boxe, a esgrima, os desportos coletivos e outros. Para desportos nos quais não é um fator determinante, a inclusão de atividades de velocidade no treinamento aperfeiçoa o treinamento de alta intensidade. Consequentemente, o treinamento de velocidade representa uma grande preocupação para quase todos os desportos. Ozolin (1971) afirma que há dois tipos de velocidade: a geral e a especifica. A velocidade geral é a capacidade de desempenhar qualquer tipo de movimento (reação motora) de maneira rápida. Tanto a preparação física geral quanto à especifica melhoram a velocidade geral. A velocidade especifica, por outro lado, refere-se à capacidade de desempenhar um exercício ou tarefa em uma dada velocidade, que é usualmente alta. Os atletas desenvolvem uma velocidade especial, especifica para cada desporto, por meio de métodos específicos. Qualquer que seja o tipo de velocidade procurada, não se pode esperar uma transferência positiva, a menos que a estrutura do movimento, tanto cinemática quanto dinâmica, seja similar ao padrão da tarefa. Um corredor não alcança a velocidade máxima instantaneamente, só o faz depois de acelerar no mínimo 30 metros. O gráfico de velocidade