Treinamento de Força
Efeito de diferentes protocolos de treinamento de força sobre parâmetros morfofuncionais, hormonais e imunológicos
Marco Carlos Uchida1,3,4,5, Marcelo Saldanha Aoki6, Francisco Navarro1,2,
Vitor Daniel Tessutti4 e Reury Frank Pereira Bacurau1,2
RESUMO
O objetivo do estudo foi examinar a influência de dois diferentes protocolos de treinamento de força sobre parâmetros antropométricos (peso, IMC, massa gorda), funcionais (teste de 1-RM e teste de repetições máximas) e relacionados ao sistema endócrino (concentração de testosterona e de cortisol) e ao sistema imunológico (concentração de glutamina e de IgG). Participaram do estudo 12 homens treinados (27,4 ± 4,8 anos). Esses indivíduos foram aleatoriamente divididos em dois grupos, que posteriormente foram submetidos a dois protocolos de treinamento distintos: Múltiplas séries (MS) e Tri-set (TS). Amostras de sangue foram coletadas antes e depois de uma sessão de exercício de força, no início e no final do período de oito semanas de treinamento. Não foram observadas alterações nos parâmetros morfofuncionais (com exceção do teste de repetições máximas para o agachamento). Com relação aos parâmetros endócrinos, foi observado que o TS provocou aumento significativo do cortisol, imediatamente após a sessão de treino, tanto no início como no final das oito semanas (p < 0,05). Ao observar o comportamento da relação testosterona para cortisol (T:C), pode-se notar um marcante aumento no grupo submetido ao protocolo MS após oito semanas de treinamento (p < 0,05). Com relação aos parâmetros imunológicos, não foi observada alteração na concentração de imunoglobulina G. A concentração de glutamina sofreu decréscimo após oito semanas em ambos os grupos. Esse decréscimo foi mais acentuado no grupo TS (p < 0,05). Os resultados obtidos sugerem que o método TS impôs maior estresse ao organismo.
Além disso, os dados também indicam que o protocolo MS promove um ambiente mais propício ao anabolismo,