TREINAMENTO CONCORRENTE
O treinamento concorrente pode ser entendido como a combinação do treinamento de força, que possibilita ganhos de força, potência e na hipertrofia muscular, e do treinamento cardiovascular, que melhora a resistência aeróbia. Em muitos esportes, os atletas precisam dessas valências físicas para o bom desempenho nas competições. Assim, para que todas essas qualidades sejam desenvolvidas, é preciso associar o treinamento de força a um treinamento aeróbio.
Para se ter resultados otimizados, deve-se levar em consideração fatores como a ordem dos treinamentos, tempo de duração, dentre outros. Um treinamento cardiovascular anterior a uma sessão de treinamento de força, por exemplo, pode comprometer a fisiologia neuromuscular no sentido de produzir força rapidamente – como requer a modalidade – reduzindo, assim, o volume de treinamento. Variáveis como o volume do treinamento de força, quando discretamente manipulados para mais, podem produzir ganhos na força, porém, uma vez que se chegue a um volume “ótimo”, aumentos subsequentes não trazem ganhos significativos, podendo, inclusive, piorar o desempenho, de acordo com alguns estudos.
Uma das explicações mais populares dos efeitos do treinamento concorrente é a hipótese da interferência crônica, que diz que o treinamento aeróbio junto com o treinamento de força exacerba o overtraining, que seria causado por volume, intensidade e/ou frequências elevadas de treinamento. Isso estimula adaptações concorrentes que seriam prejudiciais – ou não tão eficazes – aos resultados desejados.
Com relação a essas adaptações concorrentes, é importante lembrar que o treinamento de força trabalha a musculatura esquelética em esforços máximos ou sub-máximos de pequena duração e o treinamento cardiovascular requer uma produção de força relativamente baixa, mas por longos períodos de tempo. As adaptações de cada treinamento são muito diferentes e em alguns estudos científicos, os resultados são até conflitantes. Outra