Trauma Medular em C es e Gatos PRONTO
Lesões traumáticas à coluna vertebral e medula espinhal ocorrem frequentemente na medicina veterinária e humana, levando a sequelas devastadoras, como perda parcial ou completa das funções motoras, sensoriais e viscerais A medula espinhal e raízes associadas à ela na maior parte dos casos são comprometidas após trauma às vértebras, devido à compressão ou contusão do tecido neural, entretanto devido a fatores anatômicos das vértebras, ligamentos, segmento medular, localização dos corpos celulares dos neurônios e diâmetro do canal vertebral, pode ser observado grande deslocamento vertebral com pouca lesão ao tecido nervoso, bem como grande lesão ao tecido nervoso sem grande comprometimento das vértebras As consequências do trauma medular em veterinária, dependendo do segmento lesionado, podem levar à incapacidade permanente, morte ou eutanásia.
Os impactos externos podem resultar em fratura, subluxação, luxação vertebral, hemorragia, hematoma, edema medular, lesões compressivas, laceração medular ou das raízes associadas, incluindo a cauda equina, que resultam em disfunções neurológicas em diferentes graus. Em 155 cães atropelados, a morte ou razão para eutanásia em 27,7% dos casos foi o trauma medular.
O tratamento é um desafio tanto para a medicina humana como para a veterinária, e deve ser considerada emergência, visto que a decisão rápida e adequada aumenta as chances de recuperação funcional e realizaram estudos retrospectivos em cães e gatos com trauma espinhal, constatando que o prognóstico é pobre para a recuperação funcional após fratura ou luxação vertebral com perda da percepção da dor profunda, entretanto, alguns animais recuperaram a função motora e a continência urinária. Até o momento não existe tratamento capaz de restaurar as funções da medula espinhal lesada, persistindo como principal conduta a prevenção. O SSMP (succinato sódico de metilprednisolona) é um fármaco neuroprotetor que ainda é bastante utilizado na