Tratamentos térmicos titânio
As ligas de titânio são termicamente tratadas com os seguintes propósitos: a) Reduzir as tensões residuais desenvolvidas durante a fabricação, tratamento popularmente conhecido como alívio de tensões; b) Resultar numa adequada combinação de dutilidade, usinabilidade, estabilidade dimensional e estrutural (especialmente no caso de ligas alfa-beta processadas em condições que não favorecem boa combinação de propriedades mecânicas), tratamento denominado recozimento; c) Aumentar a resistência mecânica por solubilização e envelhecimento (endurecimento por precipitação) ; d) Otimizar certas propriedades especiais como tenacidade á fratura, resistência á fadiga e à fluência, neste caso em elevadas temperaturas.
A resposta do titânio e de suas ligas ao tratamento térmico depende da composição química do material bem como da presença das diferentes microestruturas (fases alfa, beta ou alfa-beta).
As liga alfa e quase alfa podem ser submetida a tratamento de alívio de tensões, porém elevada resistência mecânica não pode ser obtida com este tipo de tratamento. Algumas das ligas quase alfa, como por exemplo, a liga Ti-8Al-1Mo-1V, podem ser solubilizadas e envelhecidas de modo a se obter dureza máxima. Este tipo de tratamento também pode ser utilizado em ligas alfa-beta para a obtenção de dureza máxima. Em ligas comerciais beta metaestáveis tratamentos térmicos de alívio de tensões e de envelhecimento podem ser combinados e também recozimento e solubilização podem ser operações idênticas.
Nem todos os tipos de tratamentos térmicos são aplicáveis a todas as ligas de titânio, pois elas são projetadas para diferentes tipos de aplicações, umas para elevada resistência mecânica em peças pesadas (Ti-5Al-2Sn-2Zr-4Mo-4Cr, a chamada Ti-17 e a Ti-6Al-2Sn-4Zr-6Mo), outras para resistência à fluência (Ti-6Al-2Sn-4Zr-2Mo), outras para resistência à corrosão sob tensão em soluções salinas aquosas e para alta tenacidade à fratura (Ti-6Al-2Nb-1Ta-1Mo e