tratamento térmico Astempera
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AUSTÊMPERA Consiste no aquecimento do aço à temperaturas acima da crítica, seguido de resfriamento rápido de modo a evitar a transformação da austenita, até o nível de temperaturas correspondentes à formação de bainita. O aço é mantido a essa temperatura o tempo necessário para que a transformação da austenita em bainita se complete. Dependendo da temperatura do banho (de sal fundido ou chumbo derretido) onde o aço é resfriado, obtém-se bainita mais ou menos dura. O banho é, portanto, mantido a temperaturas entre 260° e 440°C. A seguir, o aço é resfriado, ao ar tranqüilo.
Desde que a formação da bainita se dá sob temperatura mais alta do que a da formação da martensita no processo têmpera/revenido e é seguida por um resfriamento lento no ar, as tensões internas são menores. Assim, as peças tratadas por este meio quase não apresentam empenamentos ou tendência de trincas. Entretanto, nem todos os tipos de aço e geometrias de peças produzem bons resultados com a austêmpera. Em geral, somente para peças pequenas.
Em muitos casos, a austêmpera substitui, com vantagens, os tratamentos de têmpera e revenido. Entre as vantagens, deve-se mencionar o fato de que as tensões internas resultantes no processo são muito menores, não ocorrendo praticamente qualquer empenamento das peças tratadas. A austêmpera aplica-se em aços de temperabilidade relativamente elevada, como os que contêm carbono acima de 0,50% ou com carbono mais baixo, porém manganês mais elevado ou com a presença de elementos de liga.
Figura 1: Diagrama representativo do tratamento isotérmico de austêmpera.
Devido à influência da seção das peças nas curvas de resfriamento, a austêmpera não apresenta bons resultados em peças de grandes dimensões. Não convém que a seção das peças a serem austemperadas seja maior que 5 mm, por se tratar de aço-carbono; no caso de aços-liga, pode-se admitir seções até 25 mm.
1 - Banhos de sais para austêmpera
O banho de sais é o meio de arrefecimento de uso mais comum na