tratamento termico
É bastante antiga a preocupação do homem em obter metais resistentes e de qualidade. O imperador romano Julio César afirmava no ano 5 A.C que os guerreiros bretões se defrontavam com o problema de suas armas entortarem após certo tempo de uso. Isso obrigava a interromper as lutas para consertar suas armas de ferro. Os romanos, por sua vez, já haviam descoberto que o ferro se tornava mais duro quando aquecido durante longo tempo em um leito de carvão vegetal e resfriado em seguida. Esse procedimento pode ser considerado a primeira forma de tratamento térmico, pois permitia a fabricação de armas mais duras e mais resistentes. Entretanto, foram necessários muitos anos para o homem aprender a lidar de modo mais eficiente com o calor e os processos de resfriamento para realizar o tratamento térmico mais adequado dos metais. De modo geral, o tratamento térmico consiste em aquecer e resfriar uma peça de metal para que ela atinja as propriedades mecânicas desejadas como dureza, elasticidade, ductilidade, resistência à tração, que são as chamadas propriedades mecânicas do metal.
A têmpera tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que proporcione propriedades de dureza e resistência mecânica elevadas. A peça a ser temperada é aquecida à temperatura de austenitização e em seguida é submetida a um resfriamento brusco, ocorrendo aumento de dureza.
O processo consiste em aquecer o aço num forno com a temperatura acima da zona critica. Para o aço-carbono, a temperatura varia de 750° C a 950°C. A peça permanece nessa temperatura o tempo necessário para se transformar em austenita. O que distingue esse tratamento é o seu processo de resfriamento. A peça retirada do forno pode ser mergulhada em água, óleo, água e sal, etc. A escolha do processo depende de variáveis, tal como a finalidade do uso da peça. A temperatura cai de aproximadamente 850° C para 20° C. Trata-se de um esfriamento brusco. Quando a austenita é resfriada rapidamente, não há tempo para