Tratamento descentralizado de esgotos
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ResumoO crescimento das cidades é muitas vezes maior do que a capacidade de investimento em infra-estrutura sustentável a esse crescimento. A gestão centralizada de saneamento tem impedido a universalização do saneamento no Brasil, pela ênfase de investimentos nas cidades das regiões Sul e Sudeste. A zona rural é excluída pela inviabilidade técnica e econômica. O presente trabalho aborda a gestão dos sistemas de tratamento de esgotos descentralizados como estratégia de inclusão social, na utilização de sistemas eficientes e de baixo custo de implantação, operação e manutenção em comunidades urbanas e rurais. O tratamento descentralizado é visto como alternativa a mais sustentável para países em desenvolvimento dada sua simplicidade e efetividade de custos. Os sistemas compactos anaeróbios e aeróbios têm ganhado atenção pela eficiência e compacidade. Pesquisas atuais podem apontar viabilidade de sistemas compactos UASB/Filtro anaeróbio/Filtro Aeróbio tanto para tratamento comunitário quanto Residenciais Unifamiliares. A sustentabilidade do
Tratamento Comunitário utilizando Estações Compactas não pode ser confirmado apenas pela avaliação dos custos totais, já que inúmeros fatores não relacionados aos custos devem ser aquilatados em cada caso, e ser alvo de pesquisas nas dimensões econômicas estruturais ou conjunturais, fatores sociais, culturais e ecossistêmicos das regiões ou comunidades onde serão implantados tais sistemas.
1.0 - Introdução
O tratamento de esgotos evoluiu com as sociedades humanas. Os cientistas sociais, sanitaristas e historiadores afirmam que os esgotos são uma fonte confiável de informações sobre o comportamento de uma sociedade. (LOFRANO & BROWN, 2010). O saneamento como o manejo das excretas humanas e outros resíduos produzidos sofreu, ao longo da história, consideráveis alterações tecnológicas. E nesse contexto, o gerenciamento de águas residuárias tem ainda apresentado aos governos e às pessoas um desafio contínuo.