Tratamento de Feridas Traumáticas
Ferimentos são soluções de continuidade, com abertura da pele, diferente do que ocorre em contusões ou hematomas, que são danos que cursam com integridade da superfície da pele.
Subdivisão das feridas:
Superficiais. Envolvem pele, tecido subcutâneo, aponeuroses e músculos. Atendimento em salas de emergência, onde são feitas suturas, sem a necessidade de avental esterilizado.
Profundas. Há danos a vasos calibrosos, nervos, ossos e vísceras. São condições que exigem atendimento em centros cirúrgicos.
Classificação das feridas:
Incisivas. Força cortante, muito frequente, bordas lineares e regulares (ex.: cacos de vidro e faca).
Perfurantes. Agente fino e pontiagudo. Cortante. Lesão de estrutura profunda. Ex.: punhal.
Punctiformes. Agente fino e pontiagudo. Altamente contaminante (demanda um tipo especial de tratamento). Ex.: estilete e prego.
Corto-contusas. Irregulares. Objetos rombos, com grande força de pressão. Ex.: martelo.
Abrasivas. Atrito da pele por superfície áspera. “Ralou”: acidente de moto, com o paciente arrastado pelo asfalto. Perda da camada epidérmica e parte da derme.
Tratamento de feridas.
1) Anamnese.
∆T decorrido (TRAUMA até atendimento no pronto-socorro).
Permanecer em observação: depende do mecanismo do trauma (Há risco de hemorragia abdominal ou de traumatismo craniano?).
Verificar a imunização contra o tétano.
Doenças associadas: diabetes (déficit de cicatrização).
Faz uso de esteróides? É alérgico (ex.: ao iodo)? Alguma sensibilidade medicamentosa?
Se a fenda está contaminada, faz-se o uso de antibióticos.
2) Fatores locais.
Corpo estranho (grama, graxa, terra, cacos de vidro).
Tecidos necrosados ou isquêmicos.
Tecidos macerados (amassados, esmagados). Não se tem feito sutura nessas condições.
Perda de substância (pedaços de pele, músculos ou aponeuroses). Pode dificultar ou inviabilizar a sutura. Possibilidade de enxertos.
Edema acentuado.
Tecidos irradiados.
Espaço de deslocamento