Tratamento das Epilepsias Generalizadas Idiopaticas
As epilepsias generalizadas idiopáticas constituem um terço de todas as epilepsias. São genericamente determinadas e o início das crises está relacionada com a idade. As principais crises que podem ocorrer são as crises de ausência, mioclônicas e tônico-clônicas generalizadas em diferentes combinações e níveis de severidade.
Apesar da frequência e do diagnóstico relativamente fácil, são ainda pouco reconhecidas.
Para o diagnóstico todo o contexto clínico e eletroencefalográfico é levado em conta.
O detalhamento da história clínica é fundamental uma vez que crises menores como as ausências e mioclonias não são relatadas de imediato ao médico.
A identificação e o tratamento das epilepsias generalizadas idiopáticas são importantes por três principais motivos: Em primeiro lugar, algumas medicações utilizadas para epilepsias parciais podem ser prejudiciais.
Segundo, a eficácia de determinadas medicações varia mesmo entre as subsíndromes das epilepsias generalizadas idiopáticas.
Finalmente, se o tratamento for realizado de maneira apropriada a grande maioria dos pacientes ficaram livres de crises.
Principais Medicações Utilizadas
Clobazam: É um benzodiazepínico que atua aumentando a inibição do ácido gama-aminobutírico (GABA) através de ligação nos receptores GABA. O Clobazam não interage com outras drogas antiepilépticas (DAEs). Seu metabolismo é aumentado por medicações indutoras hepáticas reduzindo suas concentrações séricas.
Clonazepam: É da classe dos benzodiazepínicos, mecanismo de ação semelhante ao clobazam. É metabolizado no fígado através de redução pelo citocromo P3A4. Não interage com outras drogas (DAEs). As Desvantagens são os efeitos sedativos e o desenvolvimento de tolerância.
Etossuximida: A etossuximida age exclusivamente nas crises de ausência, tem como principal mecanismo de ação o bloqueio dos canais de cálcio tipo-T. Os efeitos adversos envolvem o trato gastrointestinal (náuseas, vômitos