Tratamento da cárie no dente de leite evita problemas nos permanentes
Quando o bebê está na barriga da mãe, os dentes de leite já começam a se formar, mas só costumam aparecer quando a criança completa 6 meses de vida.
Depois de alguns anos, esses dentes começam a ficar moles e chega o momento da troca pelos permanentes. Porém, mesmo nessa fase, a criança pode ter complicações, como alertou a especialista em reabilitação oral Ana Paula Uzun. Segundo a especialista, os dentes de leite, apesar de não serem permanentes, podem apresentar complicações. No caso da cárie, por exemplo, muitos pais pensam que não é preciso fazer tratamento já que o dente vai cair, mas isso é um erro. Quando a cárie não é tratada, a bactéria pode entrar pelo canal do dente e promover uma infecção no dente permanente, que está logo abaixo. Com isso, o permanente pode nascer já com alguma imperfeição, como má formação, falta de uma ponta ou manchas.
Fora essas consequências, se não houver o tratamento, a cárie aumenta e pode tomar todo o dente - se ele estiver completamente cariado, o dentista não tem o que fazer a não ser extraí-lo.
O problema é que quando o dente de leite é extraído precocemente, antes de amolecer, ele deixa um espaço que é tomado pelos outros dentes de leite, que se movimentam e interrompem o crescimento dos permanentes. Com isso, os permanentes podem ficar reclusos, crescerem pela metade ou tortos.
Quando o dente amolece e cai naturalmente, muitas crianças ficam na dúvida do que fazer – por exemplo, existem aquelas que jogam no telhado e fazem um pedido, enquanto outras colocam debaixo do travesseiro para a fada pegar e trocar por uma recompensa, como mostrou a reportagem do Rafael Castro, de São Carlos, no interior de São Paulo
O problema é que esses dentes jogados fora fazem falta para um banco de dentes da USP, na capital paulista – lá, eles são usados para pesquisa e ensino, como explicou o coordenador José Carlos Imparato.
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