Tratamento da asma na crise aguda
A crise de asma decorre da indução de inflamação nas vias aéreas, com consequente broncoespasmo, através de diferentes fatores desencadeantes, que variam individualmente e de acordo com o momento na história da doença. Os principais mecanismos identificados na prática clínica são: alérgenos inalatórios, infecção viral das vias aéreas, poluentes atmosféricos, exercício físico, mudanças climáticas, alimentos, aditivos, drogas, estresse emocional, e, menos frequentemente, rinite alérgica, sinusite bacteriana, polipose nasal, menstruação, refluxo gastroesofágico e gestação podem contribuir. O mecanismo pelo qual a limitação aguda do fluxo aéreo será determinada varia de acordo com seu fator desencadeante, podendo ser através da produção de mediadores de mastócitos dependentes da liberação de IgE pelos mastócitos, bem como pode decorrer de reflexos neurais por estimulação central e local.
As exacerbações da asma são comuns na vida dos asmáticos, sendo a manutenção do controle da doença o maior fator de redução de crises e risco de óbito. No entanto, a maioria dos asmáticos não está adequadamente assistida e controlada, sendo este um dos grandes motivos pelos quais as agudizações persistem como causa recorrente de atendimentos de emergência e hospitalizações ainda hoje.
O primeiro passo no manejo do paciente asmático na emergência é o diagnóstico. Em geral, o paciente em crise aguda apresenta-se com algum grau de dispneia, desconforto torácico e sibilância, podendo acompanhar-se de tosse e expectoração. A sintomatologia varia de horas a dias, porém é relatada piora nas últimas horas, o que traz o paciente à emergência. É frequente o relato de experiências anteriores semelhantes, sendo possível a identificação de fatores desencadeantes e descrição de boa resposta sintomática ao uso de medicações broncodilatadoras.
Num segundo momento, deve-se realizar a identificação de gravidade do enfermo. Essa classificação de intensidade é