Tratamento 2
DST J bras Doenças Sex Transm 13(4):3-5, 2001
Editorial
Abordagem Atual da Candidíase Vulvovaginal
importância do conhecimento acerca da vulvovaginite causada por Candida, situa-se principalmente em relação à sua freqüência e à sua recorrência.
A Candida é classificada como fungo gram positivo, dimorfo, saprófita, com virulência limitada, sendo encontrada na vagina em 20% de mulheres sadias e assintomáticas (Sobel et al, 1998; Spinillo et al, 1992).
Existe na forma de esporos e de hifas, estas quando agrupadas, formam os micélios. Estes últimos são os responsáveis pela invasão da mucosa vaginal ocasionando o prurido (Sobel, 1990).
A
EPIDEMIOLOGIA
A candidíase é a segunda causa mais freqüente de vulvovaginite no menacme, podendo ser ainda maior durante a gravidez (Sobel, 1990; Swedberg et al, 1991; Spinillo et al,
1992;Reed et al, 1993).
O termo Candida refere-se ao gênero. A espécie mais comum é a albicans, responsável por 85% dos casos de candidíase. As espécies glabrata e tropicalis correspondem a 10 –
15%. Outras espécies menos comuns são a krusei e a lusitânia.
nal, com conseqüente acidificação do meio e proliferação da levedura. Da mesma forma, o uso de dispositivos intra-uterinos (Spinillo et al, 1992), doenças da tireóide, obesidade, corticoterapia e drogas imunossupressoras, parecem aumentar o risco de infecção causada por Candida.
O uso de antibióticos, também, pode atuar como fator de risco para o desenvolvimento de candidíase em algumas mulheres. Contudo, o mecanismo exato para esta associação ainda não esta bem estabelecido. Parece que seu uso determina redução da população bacteriana vaginal normal, particularmente dos bacilos de Döderlein, diminuindo a competição por nutrientes, facilitando a proliferação da Candida (Sobel,
1990).
Por outro lado, o uso de duchas vaginais parece não ter relação com o aparecimento de candidíase exceto em mulheres que apresentam prediposição à forma complicada (recorrente ou de repetição). Da