Tratado de tordesilhas
O tratado definia como linha de demarcação o meridiano[->10] 370 léguas[->11] a oeste da ilha de Santo Antão[->12] no arquipélago de Cabo Verde[->13]. Esta linha estava situada a meio-caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas[->14] descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango" e Antília[->15]. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de Julho[->16] e por Portugal a 5 de Setembro[->17] de 1494.
Algumas décadas mais tarde, na sequência da chamada "questão das Molucas[->18]", o outro lado da Terra[->19] seria dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o antimeridiano[->20] correspondente ao meridiano de Tordesilhas[->21], pelo Tratado de Saragoça[->22], a 22 de Abril[->23] de 1529[->24].
No contexto das Relações Internacionais[->25], a sua assinatura ocorreu num momento de transição entre a hegemonia do Papado[->26], poder até então universalista, e a afirmação do poder singular e secular dos monarcas nacionais - uma das muitas facetas da transição da Idade Média[->27] para aIdade Moderna[->28].
Para as negociações do Tratado e a sua assinatura, D. João II de Portugal[->29]designou como embaixador a sua prima de Castela (filha de uma infanta portuguesa) a D. Rui de Sousa[->30]. Os originais de ambos os tratados estão conservados no Arquivo General de