tratado da virgindade da virgem maria
Tratado de São Jerônimo contra Helvídio
Trad.: José Fernandes Vidal
Carlos Martins Nabeto
Sumário
Parte I : Introdução
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Parte II: José era o suposto marido de Maria; não era marido de fato
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Parte III: Os "irmãos" do Senhor eram primos (parentes); não irmãos de fato
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Parte IV: O estado virginal é superior ao estado matrimonial
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Parte V: Conclusão
Capítulo 24 ste tratado surgiu por volta do ano 383 dC, quando Jerônimo e Helvídio se encontravam em Roma, no tempo do papa Dâmaso. As únicas informações contemporâneas que se conservam de Helvídio são estas, fornecidas por Jerônimo.
A questão que trouxe este tratado à luz foi: teria a Mãe de Nosso Senhor permanecido virgem após o nascimento de seu Filho? Helvídio afirmava que os Evangelhos mencionando os "irmãos" e "irmãs" do Senhor provavam que Maria teria tido outros filhos, baseando sua opinião nos escritos de Tertuliano e Vitorino.
A conclusão deste ponto de vista é que a virgindade se situa numa posição inferior ao casamento. Jerônimo defende o outro lado, mantendo três proposições contra Helvídio:
José era o suposto marido de Maria, mas não o era de fato;
Os "irmãos" do Senhor eram seus primos (parentes), não irmãos de verdade; e
A virgindade é superior ao estado de casado.
A primeira proposição ocupa os capítulos 3 a 8. Baseia-se no registro de Mt 1,18-25, especialmente nas palavras: "antes que coabitassem" (cap. 4) e "não a conheceu até que" (caps. 5-8).
A segunda, gira em torno da expressão: "filho primogênito" (caps. 9-10), que Jerônimo afirma ser aplicável não apenas ao primeiro de uma série de vários