Trastorno Humor
INTRODUÇÃO
Vivemos hoje uma realidade de grandes transformações nos processos de trabalho caracterizada, sobretudo, pela rapidez e pelas contínuas e diferentes exigências quanto às novas formas de se trabalhar. Com o avanço da tecnologia e da globalização da economia, vários postos de trabalho têm sido extintos e segmentos de trabalhadores são excluídos do sistema formal de produção, promovendo impactos sociais relevantes e desumanização nas relações sociais.
Constatam-se exigências cada vez mais severas quanto à qualificação necessária para o trabalho, assim como a intensificação do ritmo de trabalho, a diversificação das atividades e a polivalência funcional como atributo de competência. Com isso o medo e a apreensão pela demissão a qualquer momento, impedidos de serem expressos, são vivenciados silenciosamente.
Esse novo mundo do trabalho gera decepções sucessivas e, assim, leva os trabalhadores a transtornos. Dessa forma, faz-se presente uma sobrecarga, principalmente mental, que contamina esse trabalhador em seus aspectos cognitivos e emocionais com consequências psicossociais perversa também para as relações interpessoais.
Kalimo, El Batawi e Cooper (1988), ao reconhecerem a influência dos fatores psicossociais no trabalho e suas relações com a saúde mental, chamam a atenção para a necessidade de que evidenciemos a categoria "trabalho" como objeto de profunda investigação, dando ouvidos à fala dos trabalhadores em seus aspectos de percepção das condições de trabalho e das relações interpessoais entre colegas e superiores.
Esse cenário potencializa a necessidade de se aprofundar estudos sobre o trabalho e suas consequências para a saúde dos trabalhadores, principalmente sobre os transtornos mentais e do comportamento relacionados ao contexto laboral. Hoje poucas organizações têm essa preocupação com a saúde mental do trabalhador. Lembrando que o numero de absenteísmo esta muito elevado com ausência desses trabalhadores, onde a