trastorno delirante
1.- CONSIDERAÇÕES GERAIS
O transtorno delirante é definido como um transtorno psiquiátrico cujos sintomas predominantes são os delírios. Anteriormente era chamado de “paranóia” ou transtorno paranóide. Uma característica comum das pessoas com transtorno delirante é a aparente normalidade de seu comportamento e a aparência quando suas idéias delirantes não estão sendo discutidas ou sendo atuadas. A personalidade permanece intacta ou deteriora-se minimamente em um prolongado período de tempo. Em conseqüência o comprometimento do funcionamento diário é raro. O funcionamento intelectual e ocupacional são habitualmente satisfatório, mesmo quando o transtorno é crônico. O funcionamento social e conjugal, por outro lado, freqüentemente podem estar comprometidos.
2.- EPIDEMIOLOGIA
Uma avaliação exata da epidemiologia do transtorno delirante é dificultada pela relativa raridade do transtorno, bem como pelas constantes mudanças na definição do mesmo ao longo da história recente. A prevalência do transtorno delirante nos EEUU é estimada, atualmente, em 0,03%, entretanto, deve ser notado que pode haver um relato subestimado, uma vez que estes pacientes raramente procuram auxílio médico, a menos que forçado pela família. A incidência anual é de l a 3 casos por população de 100.000 pessoas. A idade média de aparecimento é de aproximadamente 40 anos, mas a faixa etária vai dos 25 aos 90 anos. É aparentemente mais comum nas mulheres do que nos homens. Muitos pacientes são casados e têm emprego fixo e pode haver alguma associação com imigração recente ou baixa situação sócio-econômica.
3.- ETIOLOGIA
Como ocorre com todos os transtornos mentais maiores, a causa do transtorno delirante é desconhecida. Uma possibilidade é a de que este transtorno seja um tipo de esquizofrenia ou transtorno do humor. Entretanto, estudos de famílias sugerem que o transtorno é uma entidade clínica distinta. Estes estudos relatam uma prevalência aumentada de