Transtornos de ansiedade
1.3.1 Ansiedade normal e patológica
O transtorno de ansiedade é entendido como uma condição emocional que possibilita ameaçar o estado de bem-estar do indivíduo, com evidência para os acontecimentos futuros. Ferreira (2001, p. 46) nos aponta que a ansiedade poderá aparecer acompanhada de “alterações somáticas (cardíacas, respiratórias, etc) e em que se provém de situações desagradáveis, reais ou não”.
Nesta mesma ação de pensamento, Silva (2011) pontua que o estado ansioso é uma situação não desejada, aparece acompanhado por manifestações orgânicas, tais como taquicardia, sudorese, dificuldade respiratória, pés e mãos frios, etc. Ainda destaca a diferença entre ser e estar ansioso. O ser ansioso vai além do estar, pois há uma vivência constante em estado de tensão, preocupação excessiva, agitação e aflição.
De acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 (1993) dentre os sintomas ansiosos mais persistentes, estão os sentimentos contínuos de nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, palpitações, tonturas, dentre outros.
Nesta instância, a forma e a intensidade de se apresentar dependerão das condições emocionais de cada indivíduo. Portanto há pessoas que apresentam atitudes tranquilas diante de situações que gerem perigo ou ameaça, enquanto que outras podem utilizar-se de atitudes exageradas frente à mesma situação (Silva, 2011).
De acordo com Castillo et al (2000), a diferenciação entre ansiedade normal e patológica está basicamente na avaliação se a reação ansiosa é de curta duração, se é limitada pela própria pessoa e se relacionada ao estímulo do momento ou não.
D’el Rey (2005), pontua que a ansiedade considera-se patológica quando não existe um objeto específico que desencadeou a situação ou quando este se apresenta desproporcional a crise.
Dessa forma, a ansiedade patológica passa a ser identificada quando o indivíduo passa a sentir os sintomas sem o estímulo preciso, isto é, a pessoa