Transtorno de Estresse Pós Traumártico

Por volta da dec. de 1970, dois psiquiatras americanos (Chaim Shatan e Robert J. Lifton) começaram a realizar trabalhos em grupo com os veteranos da guerra do Vietnã. Esses psiquiatras se depararam com a obra de Kardiner e sua “neurose traumática”, passando a coletar dados de suas publicações e reunindo assim os 27 sintomas mais comuns nas pessoas com neurose traumática, para então relacioná-los com centenas de fichas médicas dos veteranos da guerra do Vietnã. Essa iniciativa pode ser considerada como a base das categorias diagnósticas do então transtorno de estresse pós-traumático presente no DSM III, que depois veio a sofrer com várias críticas devido à ausência de aspectos importantes como a duração dos sintomas ou com a restrição dos eventos traumáticos a somente alguns poucos tipos de traumas.
Essas críticas foram revisadas e no DSM IV ocorreu uma reformulação onde as mudanças mais significativas eram uma visão mais abrangente dos sintomas e principalmente do conceito de trauma, onde na edição anterior, esse era visto como algo fora da normalidade da pessoa, como uma guerra ou algo do tipo, mas pesquisas mostraram que a maioria dos eventos traumáticos eram relativamente “comuns” na vida das pessoas.
Outro importante sistema de classificação de doenças é o CID, e os critérios de TEPT presentes no CID-10 são muito semelhantes aos do DSM-IV. Entretanto, há algumas diferenças importantes entre os dois sistemas. A mais significativa delas diz respeito à ênfase reduzida dada pelo sistema CID-10 aos sintomas da tríade psicopatológica, que será melhor abordada mais tarde.
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático, segundo o DSM IV, se enquadra como um transtorno de ansiedade e está sempre ligado a algum evento traumático. Mas, muitas pessoas podem passar por esses tipos de eventos e não serem afetadas pelos sintomas do TEPT ou, por mais que sejam eles acabam não durando muito. Deste modo, o diagnóstico ocorre quando alguém que passou por algum tipo de trauma