Transtorno Bipolar do Hum
O transtorno bipolar do humor, antiga psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por períodos de depressão (tristeza, desânimo, lentificação psicomotora, diminuição da energia, perda de prazer ou interesse em atividades habituais, alterações do sono, apetite, pensamentos negativos, ideação suicida, etc..) alternados com períodos de mania (ansiedade, agitação psicomotora, discurso ou pensamento acelerado com fuga de ideias, sensação de onipotência, de maior energia, de menor necessidade tanto de sono quanto de alimento, além de ideias de grandeza, sentimento de irritabilidade e até impulsividade).
O diagnóstico, até o presente momento, é exclusivamente clínico, através de avaliação psiquiátrica. Porém, os estudos científicos novos têm apresentado dados relevantes e inéditos. Na prática, pouco ainda se conhece, com profundidade, sobre todos os aspectos da doença. Há muitas informações errôneas e inverídicas divulgadas pela imprensa.
Perfil genético
Quanto ao perfil genético, a psiquiatria sabe que há uma sobreposição de risco entre o TBH e a esquizofrenia. O gene envolvido do oitavo cromossomo é o 8p21 e o aminoácido é o DAOA. As pessoas portadoras de tal alteração genética possuem a forma mais grave de TBH, com maiores chances de recaída. As formas mais graves compartilham, portanto, fatores de risco também para a esquizofrenia. É bom deixar claro que há uma série de genes envolvida. Isso pode levar a tratamentos futuros que interfiram na neuroproteção e resiliência do paciente.
Estudos sofisticados de neuroimagem, como o PET – SCAN que avaliam a atividade cerebral através do metabolismo de glicose no cérebro demonstram que pacientes com TBH possuem menor atividade na região dorsolateral do Córtex Pré-Frontal, enquanto o oposto ocorre na estrutura da amídala cerebral.
Hoje, acredita-se que o TBH é uma doença neurodegenerativa. Há perda de neurônios e áreas de afinamento do Córtex Cerebral. Tal informação é