Transposição do rio são francisco
O rio São Francisco tem 2,7 mil quilômetros de extensão e corta cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Desde sua nascente em São Roque de Minas (MG), em local conhecido como "Chapadão do Zagaia", até sua foz no Oceano Atlântico, na divisa entre Sergipe e Alagoas, são mais de 500 municípios banhados pela bacia, onde vivem 14 milhões de habitantes, população maior que a de países como Cuba, Suécia, Chile, Grécia e Paraguai. O Velho Chico foi descoberto por Américo Vespúcio. Em suas margens pernambucanas formou o primeiro povoamento que usaria suas águas como fonte de vida.
O rio São Francisco caminha para o mar, irriga a terra árida e realiza um verdadeiro milagre de São Francisco: dá vida ao sertão. Alguns olhos-d'água escondidos pela vegetação baixa e ressecados do Chapadão da Zagaia, Serra da Canastra, Minas Gerais, geram um dos maiores rios do Brasil, cerca de 640 mil quilômetros quadrados, que ocupa 8% do território brasileiro, o rio da unidade nacional, o Velho Chico. Mais que um rio, o Velho Chico é um fato cultural. Velho Chico, como é chamado pelos moradores da região, recebe água de 168 afluentes, sendo que 90 deles são perenes (nunca secam) e outros 78 têm seu fluxo interrompido em determinadas épocas.
A ideia de transposição das águas do rio São Francisco existe desde o tempo de Dom Pedro II, já sendo vista, por alguns intelectuais de então, como a única solução para a seca do Nordeste. Naquela época, não foi iniciado o projeto por falta de recursos da engenharia e de consenso da Sociedade. Ao longo do século XX, a transposição do rio São Francisco continuou a ser vista como uma solução para aumentá-lo as disponibilidades de água no Nordeste Setentrional.
O projeto de transposição do Rio São Francisco é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que afeta muito as população do semiárido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto