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Transposição em Linhas de Transmissão
Gilberto Siqueira Junior
Transposição em Linhas de Transmissão
Em um sistema de potência, a linha de transmissão não deveria agregar desequilíbrio ao sistema, mas isto ocorre devido à geometria da linha, já que as distancias entre as fases e a terra e entre as fases nunca serão exatamente as mesmas, devido ao solo não uniforme ao longo da linha, temperatura variável e outros efeitos. Logo, por consequência, haverá desbalanços no fluxo de potencia.
O desequilíbrio provocado pela transmissão é observado ao longo de toda a extensão da linha e se torna indesejável nos terminais da linha em termos de tensão e corrente na frequência fundamental.
Portanto, a transposição em linhas de transmissão é um método utilizado para diminuir o desequilíbrio na frequência fundamental entre as tensões e correntes de fase vistas dos terminais da linha em análise supondo balanceamento no inicio da linha, e consiste na mudança nas posições das fases, ou seja, mudam-se as posições físicas dos condutores de fase. Desta forma é possível minimizar o desequilíbrio causado pela linha. Em uma linha de transmissão equilibrada temos, por exemplo, a amplitude da tensão de fase ‘’a’’ igual à das outras fases, ‘’b’’ e ‘’c’’, o mesmo ocorrendo para as correntes que fluem nas fases.
Para compreender melhor a influência da geometria da linha nesta análise, é apresentada na equação 1 a impedância série correspondente a uma linha sem transposição multiplicada pela corrente de cada fase, obtendo valores de tensão diferentes para cada fase, considerando que os elementos próprios são diferentes entre si e os elementos mútuos são diferentes entre si para a matriz não transposta. Esta linha de transmissão tem impedâncias próprias Zaa, Zbb, Zcc, e impedâncias mútuas Zab, Zbc, Zca.
Equação 1:
As impedâncias dependem da geometria da linha de transmissão. A única situação em que Zab, Zbc, Zca são iguais ocorre quando a linha é completamente