Referencial Teórico. Segundo Cunha nas últimas décadas, o Brasil passou pela consolidação de um padrão de expansão urbana caracterizado pela segmentação e diferenciação social, demográfica, econômica e ambiental. Tal padrão caracteriza-se pela baixa qualidade de vida urbana e pelo espraiamento territorial onde fenômenos como a desconcentração demográfica, periferização e o consequente adensamento excessivo de áreas desprovidas de infra-estrutura urbana e de equipamentos sociais são realidades cada vez mais presentes nas grandes aglomerações, em especial nas metrópoles (Cunha et al, 2007). O sistema de trasporte público de Natal nasceu com os bondes puxado a tração animal, no século XIX. Esses veículos eram muito lentos. Alguns diziam que era melhor se deslocar a pé do que esperar os veículos, pois o intervalo de tempo entre os carros eram grandes. O serviço era explorado pela empresa Ferro Carril de Natal. Em 2 de outubro de 1891, começaram a circular os bondes elétricos. Até agosto de 1915, a cidade contava com apenas quatro linhas de bonde para interligar os bairros da Ribeira e Alecrim. O itinerário era feito em linhas duplas passando por todas as áreas da cidade. Mesmo sendo movida a tração elétrica, os veículos eram bastante lentos. Em 1935 o serviço deixou de operar, devido a depredação dos veículos pelos manifestantes da Revolução Comunista. O serviço funcionava a partir das 5 da manhã, com a saída dos veículos de suas garagens na Companhia de Força e Luz, situadas na Ribeira. Em 1966, começam a rodar os primeiros ônibus com "catracas" que registram o número de passageiros. A primeira empresa a explorar o serviço foi a Guanabara, que explora linhas até hoje, com a linha 100 (que interligava os bairros das Rocas e Quintas). O transporte coletivo é operado dentro de um modelo institucional baseado na regulamentaçao dos serviços pelo poder público, com definição de itinerarios frequencia, tipo de veiculo, e tarifa e com a