Transporte paciente
1- INTRODUÇÃO
A decisão de transportar um paciente crítico deve ser baseada na avaliação e ponderação dos benefícios e riscos potenciais. A razão básica para o transporte do paciente crítico é a necessidade de cuidados adicionais (tecnologia e/ou especialistas) não disponíveis no local onde o paciente se encontra. O transporte pode ser intra ou inter-hospitalar.O transporte intra-hospitalar é necessário para a realização de testes diagnósticos (tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, angiografias e raio x, dentre outros para intervenções terapêuticas (como para o centro cirúrgico) ou para a internação em centro de terapia intensiva (CTI). O transporte inter-hospitalar é realizado sempre que se necessita de maiores recursos humanos, diagnósticos, terapêuticos e de suporte avançado de vida, que não estão presentes no hospital de origem.
O transporte do paciente crítico sempre envolve uma série de riscos, sendo que o problema mais freqüente é a falha no controle das funções cardior-respiratórias, resultando em instabilidade fisiológica com prejuízo da oxigenação tecidual, que pode trazer sérias conseqüências. Podem ainda ocorrer outras alterações, tais como hipertensão grave, arritmias, obstrução aérea, entre várias outras Alguns riscos são inerentes ao transporte, independente do tempo ou distância a ser percorrida.As causas dessas alterações não são sempre facilmente explicadas, até porque elas podem não ser detectadas sem monitorização adequada. Tais alterações fisiológicas não estão sempre relacionadas a erros técnicos e podem ser devidas a alterações respiratórias e cardíacas resultantes da dor provocada pelo movimento do paciente no seu deslocamento, ou alterações decorrentes da mudança de decúbito do paciente. Outras, no entanto, são decorrentes de falhas técnicas como a interrupção acidental da infusão endovenosa de aminas vasoativas, a perda de pressão nos cilindros de oxigênio e