transporte fluvial
Desde o inicio da colonização, os rios serviam como transporte para penetrar no interior do continente e elo de integração dos núcleos existentes. Foi assim que os bandeirantes chegaram às regiões Centro-Oeste e Norte, expandindo as fronteiras definidas pelo Tratado de Tordesilhas. A primeira expedição de reconhecimento da região do Pantanal data de 1524.
Em 1974, um estudo mais amplo de um consórcio Franco-Brasileiro definiu globalmente essa viabilidade técnica e apontou como problema principal para o aproveitamento das obras necessárias. Tal investimento poderia ser compensado em parte pela possibilidade de aproveitamento dos rios em projetos conjugados com hidrelétricas e irrigação ou a abastecimento de água e defesa contra inundações.
Merece menção que a intensa utilização do Rio Tiete como meio de transporte se deu com as monções, que se constituíam em verdadeiras expedições migratórias durante os séculos XVII e XVIII, após a descoberta de ouro em Mato Grosso e Goiás. Antes que findasse o século, a navegação passou para um plano secundário, devido a crescente utilização de tropas de mulas que caracterizou o período, chamado por alguns historiadores de “ciclo do torpeiriosmo”.
As canoas, barcos e pequenos navios são elementos fundamentais para a vida e a economia da Amazônia. O transporte fluvial desempenha um papel importante no país, entretanto, os resultados econômicos estão muito aquém do seu potencial. No norte, estão em preparação as hidrovias do Araguáia-Tocantins, que já podem ser utilizadas de forma segura e comercialmente viável. Essa via integra um plano logístico maior, o futuro corredor multímodal de transportes de Centro-Norte, que prevê a integração da hidrovia com rodovia e ferrovia, o funcionamento dessa hidrovia vai contribuir para o desenvolvimento agrícola na região do médio Araguaia, permitindo que a soja, transportada por um corredor intermodal até o Porto de São Luís, chegando ao Mercado Internacional.
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